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09-04-2009 21:55

Quem nasceu primeiro, a moral, a ética ou a lei?

 

Quem nasceu primeiro? A moral, a ética ou a lei? 
Acredito que todos aqueles que se dizem proprietários de terra, (e para tentar endossar suas palavras podem até tentar ostentar escrituras de propriedade de terra lavradas em cartórios), não passam de grileiros. Porque afirmo isso? A terra sempre existiu e o homem como espécie apareceu a bem menos tempo. Partindo desta minha verdade, analiso o que considero o maior problema da humanidade em todas as eras. “A luta pelo uso da terra”. Em 1500, quando aportaram na costa brasileira três navios portugueses, nações tupis, guaranis, aimorés, etc, coabitavam estas terras. Alguém tem alguma duvida sobre isso? 
Desde então, este enorme continente vem sendo rifado, doado, distribuído. Quem eram os antigos proprietários da Terrae Brasílis? 
Os habitantes aqui encontrados foram sistematicamente assassinados, foram mortos mais de 6 milhões de índios de varias nações, bastavam se opor ao cara-pálida/caraíba colonizador, lentamente os remanescentes que teimaram e optaram em sobreviver foram sendo acuados para o interior do continente, hoje estão resumidos a pouco milhares de indivíduos, alguns doentes, outros perdidos nos vícios que os portugueses e outros trouxeram. E quem havia doado estas terras aos índios? Tupã? Bem, sabemos que somente de algumas décadas para cá os nativos começaram a desenvolver o sentido de posse, (herança da colonização portuguesa e outras, pá). 
Acredito na validade do meu raciocínio, mais ainda não é bem aonde quero chegar, quero entender até onde pode ir a discussão ética, moral e legal sobre a propriedade imobiliária. 
Até onde sei, no principio a terra não pertencia a ninguém, até o momento em que alguém com uma pena na mão, uma folha em branco, e na cobertura alguém com armas e poder suficiente para apoiar este alguém, ai sim, com as mãos nestas ferramentas este alguém emite um documento de posse para si, ou para outrem, nascendo deste ato a “apropriedade” (o erro é proposital). 
Penso no tratado de Tordesilhas 07/09/1494)onde bandeiras mal intencionadas transformaram uma linha reta em uma linha sinuosa, ficando caracterizado assim (ao meu entender) o maior caso de posse e grilagem da historia do Brasil, quanto a este tratado tenho duvidas. Quem habilitou Portugal e Espanha a dividir este imenso continente? E passados 100 anos do tratado, a quem pertenciam estas terras? E passado 200 anos? 300 anos do tratado? E assim até os dias de hoje? Quem fez estes controles de propriedade até os dias atuais e se foram feitos, Onde estão os registros? 
Perguntas históricas a parte, na manhã do dia 23/10/2008 a policia militar do estado do Paraná/Brasil, despejou 1500 famílias de sem terras(cerca de 6000 pessoas entre adultos e crianças), por 47 dias eles resistiram para tentar um lugar para morar, logo de inicio a grande imprensa paranaense noticiou que entre os invasores haviam proprietários de supermercados, postos de gasolina, agraciados com imóveis pela COHAB e outras noticias e informações que conhecemos de cor e salteado (a direita conservadora e reacionária impera na grande imprensa burguesa), um saldo trágico desta operação da PM, 4 pessoas feridas, inclusive uma criança ferida na perna por uma bomba e uma adolescente ferida no braço por mordidas de cachorro, fato este noticiados pela tv, radio e jornais. 
400 pessoas,até as ultimas noticias, ainda se encontravam na rua João Dembinski, dormindo em pequenas tendas na calçada, sem ter aonde ir. 
Neste ponto eu retorno ao inicio deste texto. A lei não existe para abrigar em seus braços o ser humano, ela não é um extrato da ética, e tem como essência a moral? Então porque os dirigentes e políticos tratam os seres humanos como lixo, e justificam suas atitudes bárbaras invocando os rigores da lei? 
Num pais que tem tanta terra improdutiva, tanto imóvel vazio servindo de proveito apenas aos especuladores, por este motivo os preços de terrenos nas áreas urbanas tem preços exorbitantes e são inacessíveis para a maioria dos brasileiros. Porque não se promove a justa distribuição das terras inabitadas a mais de 5 anos? Ninguém tem culpa de ser desfavorecido, de perder o emprego de uma hora para outra e não ter mais como pagar aluguel, com um salário de $ 400,00 ninguém consegue construir nada. 
Só queria entender o comentário do presidente da COHAB, Mounir Chaowiche, ele declarou a imprensa que os invasores tinham que entrar na fila que a COHAB resolve o problema de moradia, ele só não poderia passar os invasores na frente porque seria injusto com as pessoas que estão a 10, 15, 20 anos na fila e não foram contemplados com imóveis até então. 
É fácil falar assim quando estamos confortavelmente dentro de nossos lares, a presença da Comissão de Especialistas em Despejos Forçados da ONU na cidade, em fevereiro de 2005, é uma prova que não existe qualquer tipo de dialogo entre os órgãos responsáveis pela questão da terra na cidade. 
Enquanto isso, 400 familias estão em risco social com sua integridade ameaçada, alguns devem estar pensando em se escrever num destes programas da COHAB e adquirir um pedaço de terra daqui uns 25 anos, talvez. 
Como já cantava o Chico -Morte e Vida Severina- (um grande salve pra ele) “é a terra que te cabe neste latifúndio” 
Por Villorblue

29-03-2009 05:49

DISCURSO DIELÉTICO ENTRE UM HUMANO E UM MOSQUITO

 

Onde seria a morada do aedes egipit ?

Naquela manhã acordei com aquela pergunta.

Estava curioso, porque tentamos (em vão), combater a todo custo, a multiplicação da popular fêmea do pernilongo ou muriçoca, como em algumas regiões ela é conhecida.

Estava chegando a seguinte conclusão, que esta guerra jamais teria seres humanos como vencedores.

De súbito tive uma idéia, me armei com o meu MP7, instalei no MP7 um software tradutor da linguagem dos mosquitos, (este freeware é facilmente baixado nos sites de downloads hoje em dia) e fui a campo.

   ...

Se o caríssimo leitor imagina que foi difícil encontrar um aedes por aqui, ledo engano, não demorou quinze minutos, há uns trezentos metros de onde eu resido, encontrei meu primeiro exemplar, uma bela fêmea da espécie.

Fiz sinal para que ela parasse, ela atendeu com uma condição. Eu teria que ser breve. Prometendo ser o mais sintético possível, começou a entrevista.

Eu: Seu nome?

Ela: Aedelina Ahcor.

Eu: Natural?

Ela: Brasil.

Eu: Idade?

Ela: Duas semanas de idade, sou uma jovem, (disse ela colocando as mãos na cintura).

Eu: O que você pensa sobre estas campanhas milionárias, que andam circulando na grand mídia, sobre a dengue?

(Fiz a pergunta pensando: Tem ocasiões que não devemos fazer certas perguntas, mais já era tarde).

Ela: O que eu penso... Disse ela muito irritada, contou ate dez, se acalmou, foi falando. Você pensa que é fácil a nossa vida?

Quando não estamos fugindo das tapas nos ouvidos e aérosois, fugimos do fumacê.

Isso La é vida?

Eu: Convenhamos... Distribuir doenças milenares por aí. Você queria o que?

Ela: Você esta enganado sobre este assunto, nós não distribuímos nada, a milhões de anos, bebemos um pouco de sangue para reproduzirmos, isso é excitante para nós. Mexe com os nossos hormônios, não temos culpa se a pele humana é tão frágil, tão penetrante, por isso os procuramos. Ademais (continuou), tem algo horrível nesta historia. De uns quinhentos anos até hoje, começaram a aparecer uns caras esquisitos, primeiro com um tal de escorbuto, depois sífilis, tuberculose, dengue, febre amarela, hoje vivemos numa verdadeira neura. Não sabemos se o fornecedor é saudável ou não. Quando acontece de picarmos alguém doente, perdemos créditos perante a comunidade.

Dito isso, começou a vibrar as asas, pediu desculpas, disse que precisava encontrar um velho pneu com água transparente para botar uns ovos, saiu.

   ...

Dois minutos de reportagem para mim era pouco. Resolvi encontrar outro aedes que estivesse disposto a falar.

Não demorou, avistei outro representante da espécie, mais tranquilo, era um valete aedes, aceitou conversar com calma.

Pasmei, colocou-me a par de coisas que eu não imaginava, começou falando que no ultimo Fórum Internacional dos Animais Hematófagos, (piolhos, moscas, mosquitos, carrapatos, sanguessugas, algumas espécies de morcegos, políticos), foi consenso a emissão de uma carta aberta, protestando quanto a qualidade dos alimentos. É uma quantidade tão grande de sangue tóxico. Eles tinham que se arriscar, não havia tempo para procurar sangues bons. Assim fica difícil (continuava ele), pois nossa alimentação  acontece de forma sorrateira e rápida, onde não há tempo para muita analise, convivemos com este drama a mais de quinhentos anos.

Antigamente havíamos de nos preocupar apenas com as libélulas, suas larvas se alimentavam das nossas larvas, nos rios, nos lagos, nas águas de enchente empossadas nos lajedos. Quando no ar, havia os beija-flores, alguns pássaros, por isso nossa população não crescia, se controlava.

Quando ele citou a libélula, me deu um start. Agradeci os momentos tomados, ele foi em direção a outra fêmea que passava, eu sai em busca de um exemplar de libélula.

   ...

A libélula é um inseto da ordem odonata, as famílias são varias; coenagrionidae, libellulidae, aeshnidae, perilestidae, protoneuridae, etc.

Após milhares de quilômetros percorridos e meses gastos na procura, encontrei uma.

Encontrei esta espécie numa plantation de soja em Mato Grosso.

Eu: Seu nome?

Ela: Argia Modesta Selys.

Eu: Seu habitat?

Ela: Normalmente algumas áreas da região sudeste e nordeste.

Eu: O que você faz aqui, tão distante do teu local de origem?

Ela: Vim atrás do mel das flores melíferas da planta de soja, uma delicia. Contou isso acrescentando que não andava muito bem de saúde ultimamente.

Eu: Por quê?

Ela: Depois que passei a me alimentar deste mel, meu fígado passou a doer intensamente. Completando ela ainda disse, todas minhas irmãs sentem esta dor horrível, e morrem muito rápido.

Eu: Vocês consultaram um especialista para ver o que esta acontecendo?

Ela: Fomos... Ninguém sabe a causa, a única certeza é que este mel é muito gostoso, e para alegria maior, não é apenas a flor da soja que nos fornece este Manah, as clotárias em geral têm este dom.

Dito isso, ela estremeceu, deu três suspiros, morreu.

Fiquei sem saber como agir, porem como se tratava de um inseto, deixei-a no lugar do seu ultimo suspiro, e voltei para casa.

   ...

Dias depois, já em casa, uma pergunta martelava meu pensamento, como a batida de um martelo numa bigorna.

Consultei minha pitonisa digital. No pesquisar, descobri que as flores da clotária são geralmente melíferas, seu mel é rico em alcalóides, quando ingeridos numa quantidade maior, os alcalóides atacam e destroem o fígado dos animais que o ingerem.

Constatei que, as regiões mais atingidas pelos surtos de dengue, eram as regiões sudeste e nordeste. Coincidência ou não, nestas regiões, as libélulas estão em fase de extinção, inclusive com varias espécies já extintas.

 

Tese: A flora e a fauna brasileira têm cada nome bonito.

Antítese: A saúde no Brasil vai bem obrigado.

Síntese: A monocultura da soja, um dia, ainda acaba com o Brasil(eiro).

 

Orlando Rocha

Vilorblue 

25-03-2009 08:16

O ANIVERSARIO DA VACA

(Texto inspirado num fato acontecido em um rodeio, em um Ctg, numa cidade próxima a Curitiba, onde uma vaca foi cruelmente torturada.) 

No dia que eu completava

Meus 15 anos de idade.

Ganhei um maldoso presente

Por parte da humanidade

 

Foram 15 anos servindo

Humanos de toda sorte

Também parí e alimentei

Muito bezerro de corte

 

E para os humanos também

Alimentei seus filhotes

Comia um verdinho tranqüilo

Pensando na minha sorte

 

Chegaram uns homens de botas

Vieram numa pick up

Laçaram-me pelo pescoço

Jogaram-me num apertado

 

Fiquei sem água três dias

Comida eu nem te conto

Dormi numa laje fria

Deitada no mesmo ponto

 

Um dia vieram os homens

Levaram-me para um rodeio

Cai no meio da grama

Sem forças no entremeio

 

Tonta sem entender

Senti muitos pontapés

Senti uma corda nos chifres

Queriam-me pôr de pé

 

Sem forças pra levantar

Arrastaram-me no solo árido

Senti a carne rasgando

Senti meu chifre quebrado

 

Sangrando e dolorida

Tive meu couro chutado

Pauladas por toda parte

E a dor do chifre torado

 

Doutor, que tudo isso

Não saia deste quadrado

Não quero justiça nem nada

Perdoo os acusados

 

Só penso no meu verdinho

Ao lado os bezerrinhos

Dar leite aos pequeninhos

Voltar para o meu banhado 

orlando rocha 

villorblue

24-03-2009 22:40

Textos literarios de Orlando Rocha

DISCURSO DIALÉTICO ENTRE UM HUMANO E UM MOSQUITO

Onde seria a morada do aedes egipit?
Naquela manhã, acordara com esta pergunta. 
Estava curioso, porque tentamos (em vão), combater a multiplicação da popular fêmea do pernilongo, ou muriçoca como em algumas regiões ela é conhecida.
Estava chegando a seguinte conclusão; que esta guerra jamais teria seres humanos como vencedores. 
De súbito tive uma idéia, me armei com o meu MP7, instalei no MP7 um software tradutor da linguagem dos mosquitos, (este freeware é facilmente baixado nos sites de downloads hoje em dia) e fui a campo.
...
Se alguem imagina que foi difícil encontrar um aedes por aqui, ledo engano, não demorou quinze minutos, há uns trezentos metros de onde eu resido, encontrei meu primeiro exemplar, uma bela fêmea da espécie. 
Fiz sinal para que ela parasse, ela atendeu com uma condição. Eu teria que ser breve. Prometendo ser o mais sintético possível, começou a entrevista.
Eu: Seu nome?
Ela: Aedelina Ahcor.
Eu: Natural?
Ela: Brasil.
Eu: Idade?
Ela: Duas semanas de idade, sou uma jovem, (disse ela colocando as mãos na cintura).
Eu: O que você pensa sobre estas campanhas milionárias, que andam circulando na grand mídia, sobre a dengue? 
(Fiz a pergunta pensando: Tem ocasiões que não devemos fazer certas perguntas, mais já era tarde).
Ela: O que eu penso... Disse ela muito irritada, contou ate dez, se acalmou, foi falando. Você pensa que é fácil a nossa vida? 
Quando não estamos fugindo das tapas nos ouvidos e aérosois, fugimos do fumacê. 
Isso La é vida?
Eu: Convenhamos... Distribuir doenças milenares por aí. Você queria o que?
Ela: Você esta enganado sobre este assunto, nós não distribuímos nada, a milhões de anos, bebemos um pouco de sangue para reproduzirmos, isso é excitante para nós. Mexe com os nossos hormônios, não temos culpa se a pele humana é tão frágil, tão penetrante, por isso os procuramos. Ademais (continuou), tem algo horrível nesta historia. De uns quinhentos anos até hoje, começaram a aparecer uns caras esquisitos, primeiro com um tal de escorbuto, depois sífilis, tuberculose, dengue, febre amarela, hoje vivemos numa verdadeira neura. Não sabemos se o fornecedor é saudável ou não. Quando acontece de picarmos alguém doente, perdemos créditos perante a comunidade.
Dito isso, começou a vibrar as asas, pediu desculpas, disse que precisava encontrar um velho pneu com água transparente para botar uns ovos, saiu.
...
Dois minutos de reportagem para mim era pouco. Resolvi encontrar outro aedes que estivesse disposto a falar.
Não demorou, avistei outro representante da espécie, mais tranquilo, (era um valete aedes), aceitou conversar com calma.
Pasmei, colocou-me a par de coisas que eu não imaginava, começou falando que no ultimo Fórum Internacional dos Animais Hematófagos, (piolhos, moscas, mosquitos, carrapatos, sanguessugas, algumas espécies de morcegos, políticos), foi consenso a emissão de uma carta aberta, protestando quanto a qualidade dos alimentos. É uma quantidade tão grande de sangue tóxico. Para se alimentar eles tinham que se arriscar, não havia tempo para procurar sangues bons. Assim fica difícil (continuava ele), pois nossa alimentação acontece de forma sorrateira e rápida, onde não há tempo para muita analise, convivemos com este drama a mais de quinhentos anos.
Antigamente havíamos de nos preocupar apenas com as libélulas, suas larvas se alimentavam das nossas larvas, nos rios, nos lagos, nas águas de enchente empossadas nos lajedos. Quando no ar, havia os beija-flores, alguns pássaros, por isso nossa população não crescia, se controlava.
Quando ele citou a libélula, me deu um start. Agradeci os momentos tomados, ele foi em direção a outra fêmea que passava, eu sai em busca de um exemplar de libélula.
...
A libélula é um inseto da ordem odonata, as famílias são varias; coenagrionidae, libellulidae, aeshnidae, perilestidae, protoneuridae, etc.
Após milhares de quilômetros percorridos e meses gastos na procura, encontrei uma libelula.
Encontrei esta espécie numa plantation de soja em Mato Grosso.
Eu: Seu nome?
Ela: Argia Modesta Selys.
Eu: Seu habitat?
Ela: Normalmente algumas áreas da região sudeste e nordeste.
Eu: O que você faz aqui, tão distante do teu local de origem?
Ela: Vim atrás do mel das flores melíferas da planta de soja, uma delicia. Contou isso acrescentando que não andava muito bem de saúde ultimamente.
Eu: Por quê?
Ela: Depois que passei a me alimentar deste mel, meu fígado passou a doer intensamente. Completando ela ainda disse, todas minhas irmãs sentem esta dor horrível, e morrem muito rápido.
Eu: Vocês consultaram um especialista para ver o que esta acontecendo?
Ela: Fomos... Ninguém sabe a causa, a única certeza é que este mel é muito gostoso, e para alegria maior, não é apenas a flor da soja que nos fornece este Manah, as clotárias em geral têm este dom.
Dito isso, ela estremeceu, deu três suspiros, morreu.
Fiquei sem saber como agir, porem como se tratava de um inseto, deixei-a no lugar do seu ultimo suspiro, e voltei para casa.
...
Dias depois, já em casa, uma pergunta martelava meu pensamento, como a batida de um martelo numa bigorna.
Consultei minha pitonisa digital. No pesquisar, descobri que as flores da clotária são geralmente melíferas, seu mel é rico em alcalóides, quando ingeridos numa quantidade maior, os alcalóides atacam e destroem o fígado dos animais que o ingerem.
Constatei que, as regiões mais atingidas pelos surtos de dengue, eram as regiões sudeste e nordeste. Coincidência ou não, nestas regiões, as libélulas estão em fase de extinção, inclusive com varias espécies já extintas.

Tese: A flora e a fauna brasileira têm cada nome bonito.
Antítese: A saúde no Brasil vai bem obrigado.
Síntese: A monocultura da soja, um dia, ainda acaba com o Brasil(eiro).

Orlando Rocha
Vilorblue

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 O ANIVERSÁRIO DA VACA

No dia que eu completava 
Meus 15 anos de idade.
Ganhei um maldoso presente 
Por parte da humanidade


Foram 15 anos servindo
Humanos de toda sorte
Também parí e alimentei
Muito bezerro de corte

E para os humanos também
Alimentei seus filhotes
Comia um verdinho tranqüilo
Pensando na minha sorte

Chegaram uns homens de botas
Vieram numa pick up
Laçaram-me pelo pescoço
Jogaram-me num apertado

Fiquei sem água três dias
Comida eu nem te conto
Dormi numa laje fria
Deitada no mesmo ponto

Um dia vieram os homens
Levaram-me para um rodeio
Cai no meio da grama
Sem forças no entremeio

Tonta sem entender
Senti muitos pontapés
Senti uma corda nos chifres
Queriam-me pôr de pé

Sem forças pra levantar
Arrastaram-me no solo árido
Senti a carne rasgando
Senti meu chifre torado

Sangrando e dolorida
Ainda tive meu couro chutado
Pauladas por toda parte
E a dor do chifre quebrado

Doutor, que tudo isso
Não saia deste quadrado
Não quero justiça nem nada
Perdoo os acusados

Só penso no meu verdinho
Ao lado os bezerrinhos
Dar leite aos pequeninhos
Voltar para o meu banhado
 
sobre a obra: Texto baseado num fato acontecido em um município limítrofe a Curitiba, onde uma vaca holandeza foi barbarizada, num rodeio em um ctg.

 UM SALTO PARADO NO AR...

Entrei caminhando a passos largos, fui direto a pia da cozinha. Enchi um copo de água e tomei por inteiro, em três goles.
Liguei o radio, desliguei, o som se fez presente em meus ouvidos espiralados, interminavelmente.
Subi os dois lances da escada de madeira, e em menos de trinta segundos estava na pequena porta do sótão, virei à maçaneta, entrei, o sótão do sobrado cheirava a bolor, a mofo. Havia casulos de traças por todos os lados.
Abri o janelão de madeira que dava face para o mar... Enfiei o corpo e me atirei no ar...

sobre a obra:
O sótão daquela habitação era intransponível...até que um dia...

 Há algum tempo atrás, fui a uma exposição de fotografias no MON, do foto/jornalista Sebastião Salgado, fiquei pensando sobre o processo migratório e suas causas, desde 1993 Salgado vem fotografando o movimento migratório de seres humanos em todo planeta. 

Interei-me (surpreso), que quase cento e cinqüenta milhões de pessoas sofrem deste processo migratório atualmente e vivem fora de seus locais de origem, numero altíssimo se levarmos em consideração o aumento da população mundial atual que paira em torno de cem milhões de seres humanos anualmente. O aumento é ainda mais assustador, cerca de dez milhões de pessoas engrossam este cordão todos os anos, mantendo estas proporções, daqui a dez anos esta enorme fila migratória terá duzentos e cinqüenta milhões de pessoas, em 1985 eram trinta milhões. Partindo desta analise, Salgado andou por 45 países, durante 7 anos, 45 países é quase um quarto do numero total de nações, se levarmos em consideração os 202 países existente, (dados de 2002, de acordo com a Wikipédia), estes dados dão ao seu trabalho uma importância impar.
Os primeiros povos a migrarem para as Américas (por volta de 48 a 60 mil anos) emigraram da Ásia, provavelmente atravessando o estreito de Bering. Alguns teóricos pensam também, que povos oriundos da Polinésia, Malásia e Austrália atingiram a America do sul navegando através do Oceano Pacífico, esta seria outra corrente. 
Próximo ao ano de 1500 habitavam o Brasil entre 5 a 6 milhões de nativos, (destes , sobreviveram em péssimas condições de vida e com suas culturas em frangalhos, aproximadamente 200 mil pessoas), poderíamos discorrer ainda mais sobre muitas situações historicamente conhecidas, mais isto não vem bem ao caso. O que eu gostaria de evidenciar seriam as “causas de repulsão e de atração”, que evidenciam alguns destes movimentos migratórios em algumas regiões.
Partindo das três causas que a meu ver são as mais importante: “Perseguições político/regionais, econômicas e de natureza climática”. Sigo minha linha de pensamento e procurarei me concentrar na atualidade, sendo que posso retornar a historia para ilustrar ou reforçar algum raciocínio. 
Segundo o ACNUR (Auto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), a maioria dos refugiados internacionais migra em busca de empregos, ou melhores empregos e melhores salários, após isso vem ás causas de guerras, perseguições étnicas e religiosas, (não nesta ordem obrigatoriamente), este movimento objetiva principalmente ao EUA e a Europa ocidental. E se originam a partir da África, America do Sul e regiões sul e sudeste da Ásia. Como podemos constatar, originam das nações mais pobres do planeta.
Se as causas principais de repulsão da migração atualmente são as acima citadas, poderemos pensar um pouco mais sobre as causas de atração. 
A analogia que faço a seguir é bem simples, mais a partir dela entraremos em uma noção maior. 
Tenho um trabalho atualmente, ganho muito pouco, na cidade vizinha tem varias empresas com muitos empregos e remuneração maior, a cidade tem uma qualidade de vida melhor. O que eu faço? Fico? Migro? Ai esta a duvida.
A SOBREVIVENCIA DO SISTEMA.
Para sobreviver mais confortavelmente, o sistema capitalista teorizou e generalizou. Nas regiões em que ele retira matérias primas para manter seu parque industrial manufatureiro, os salários são vergonhosos, em regiões onde estão implantados os parques industriais, os salários são menos vergonhosos e onde estão alojados os executivos, (as gerencias, diretorias, etc.), os salários são bem melhores. O leitor quer um exemplo? A Adidas abriu uma fabrica na Ásia, mão de obra barata e matéria prima quase de graça, os executivos continuam no EUA com seus salários fabulosos. E assim com todas as transnacionais, carros, cigarros, alimentos, eletrônicos, informática, roupa, etc, etc...Um exemplo mais fácil de confirmar, por estar mais próximo, a Cba, (companhia brasileira de alumínio) do grupo Votorantim, comprou a troco de bananas uma vasta extensão de terras na região do Vale do Ribeira (a região com o menor IDH do estado de São Paulo), na divisa entre Paraná e São Paulo, Brasil. 
Porque comprou a preço de banana? Primeiro a região sofreu todo um processo de empobrecimento regional ao longo dos últimos anos, fatos divulgados na mídia, falta de investimentos sociais, inexistência de investimentos em infra- estrutura para escoamento da produção agrícola, criação de empregos, etc. A região em evidencia ficou abandonada por um longo tempo, noticiou-se que a Cba iria construir uma represa (Usina do Alto Tijuco) no rio Ribeira do Iguape, esta represa iria alagar uma vasta área, e “ai daquele que teimasse em viver nas regiões abaixo”, na cidade vizinha, Apiaí em São Paulo, tem uma grande mineradora de Cimento, (região fornecedora de matéria prima), em outro município limítrofe Adrianópolis no Paraná, tem uma mina (meio desativada..?) de chumbo, prata e ouro (matéria prima), dizem os moradores da região, mais esclarecidos e antigos, que as serras que serpenteiam a região são ricas em ferro, alumínio, prata, urânio e outros. Estas terras atualmente pertencem a Cba, a maioria foi comprada a um preço muito baixo, como a região há muito tempo esta sem investimentos nas áreas sociais, a população em geral, (os pequenos proprietários de terra), venderam ou abandonaram as terras, indo engrossar as periferias das grandes cidades em busca de trabalho. 
Outro exemplo: Em 1975 aconteceu uma grande geada no norte do estado do Paraná, esta geada foi responsavel pela destruição de quase toda a lavoura de café do norte do estado, (a lavoura de café é uma das poucas lavouras que não se consegue mecanizar), quase 3.500.000 de trabalhadores tiveram que sair da região, indo engrossar as grandes cidades, almentando assim o numero de favelas, foi nesta época que nasceu em Curitiba a maior e mais problematica favela urbana da região, a Ferrovila. 
Estes exemplos, simplórios, por estarem mais próximos, faz com que entendamos melhor a situação global. 
Nos últimos anos no Brasil, vemos constantemente migrantes morando clandestinamente nas grandes cidades. Quem são estes migrantes? Geralmente oriundos da África, Ásia e America do Sul e geralmente se movimentam por causas econômicas. Quanto ao movimento migratório nacional, sempre tivemos uma grande movimentação da região nordeste e norte do Brasil rumo a região Sudeste/Sul, como a situação de empregos em São Paulo e Rio de Janeiro esta saturada atualmente, se detecta movimentos do Nordeste em direção a alguns estados do Norte (Tocantins, Pará, etc) originados do Piauí, Maranhão, e outros estados. E na região Sudeste nota-se também o contrario de anos anteriores, habitantes de origens nordestinas estão migrando ou retornando para sua região de origem. 
Retornando aos movimentos internacionais, vamos citar um país de origem, poderia citar a China, ou qualquer região da África, Coréi, qualquer um... especificando, citarei a Bolívia. Temos visto constantemente na mídia, principalmente em São Paulo, historias de bolivianos que migram e se vem envolvidos em algum tipo de problema, geralmente são vitimas de aproveitadores, que lhes tiram o pouco dinheiro que ganham, prometem rios e fundos e não cumprem o que prometem, estes irmãos trabalhadores, que arriscam tudo para conseguir um lugar ao sol, vivem escondidos, trabalham até 20 horas por dia para ter algum lucro, numa clássica relação corroída entre capital e trabalho, isto é, uma relação de semi escravidão. Este é apenas um exemplo brasileiro, (isto é, falando apenas dos movimentos dentro do território brasileiro). No mundol este tipo de problema é igual, (só ampliando ou diminuindo suas proporções/micro ou macro) em todas as regiões do planeta onde existe a recepção de migrantes, veja o caso do Japão e seus migrantes brasileiros, “os decasséguis”, eles são vigiados quando entram em supermercados, lojas, etc.), talvez por ignorância e um perfeito desconhecimento da situação destes trabalhadores, eles olham estes migrantes como se fossem os grandes (ou parte) responsáveis pela péssima situação ou problemas em que vivem, ou por todos os problemas gerados na região onde moram. E por serem geralmente pobres, são vistos abaixo da linha do preconceito, desprezados e se não bastasse a falta de benefícios e os baixos salários a que são submetidos em seus trabalhos semi escravos.
COMO O TRABALHADOR DE UMA NAÇÃO POBRE, VÊ UMA NAÇÃO RICA E IMPERIALISTA...
Esta visão serve para quaisquer países em qualquer continente, para facilitar o entendimento exemplificaremos o Brasil como receptor do movimento.
Como um paraguaio, peruano, boliviano, etc, vê o Brasil lá fora? Geralmente sendo este trabalhador um pouco mais consciente, pensa de primeira, é um pais rico e imperialista.
Espera lá. Imperialista? 
Com certeza, desde há muito tempo. Lembram do tratado de Tordesilhas? E da guerra do Paraguai? E a situação do Acre? E do estado de Santa Catarina? A mudança destas divisas e ganho de território foram simples manobras imperialistas. 
Tenho em consciência que toda nação receptora de movimentos migratórios, são diretamente responsáveis pelo empobrecimento das regiões pobres do planeta,(abaixo esponho porque penso assim). 
Se existe regiões empobrecidas, os mais ricos exploram suas matérias primas como um aspirador de pó absorve a poeira de um tapete. Só os países mais ricos têm parques industriais para transformar esta matéria prima em objetos comerciáveis, apenas eles possuem também saída para estes produtos através das câmaras mundiais, sendo assim impõe a estas matérias prima o preço que querem, relegando aos mais pobres apenas o trabalho e o (in) conformismo. 
O Brasil é visto pelo proletário da America Latina, África, sul e sudeste da Ásia, como um país rico e imperialista (não me refiro a população brasileira extremamente pobre e as suas tristes realidades), a historia e os dados estão aí para atestar este imperialismo, e os índices confirmam que o pais (não incluir nesta riqueza a população) não é pobre (PIB, reservas internas e internacionais, arrecadação de impostos, etc.), miserável somos nós, sua massa explorada. Esta miséria geralmente não é mostrado no exterior, infelizmente a propaganda internacional mostra apenas mulheres em biquínis, corpos torrados ao sol, como se o Brasil fosse apenas uma grande nação de fornicadores e lascivos. 
Como entrar no Brasil é mais fácil do que entrar em países da Europa ocidental e EUA, o Brasil seria uma das opções para se trabalhar e ganhar dinheiro, por três motivos maiores, em parte por se falar o português, o brasileiro aceita razoavelmente bem o migrante, temos um grande numero de empresas (micro, pequenas, e medias) que admitem estrangeiros sem constrangimentos, (incluindo neste aceite os clandestinos). Estas facilidades agem como um farol sobre os mais pobres de outros países, norteando e obcecando. 
Na idade media o lema dos bárbaros colonizadores, era “não existe pecado ao sul do equador”, isso prevalece como se fosse um arquétipo maldito (este lema foi um dos grandes responsável pelo extermínio de quase toda a nação indígena brasileira).
Voltando um pouco. Se exige pouco das empresas que exploram matéria prima nas seguintes áreas: Relações do trabalho, ecologia e sociais. As matérias primas geralmente são vendidas na sua forma pura, para outros países (a não ser em países do primeiro mundo onde geralmente são beneficiadas e manufaturadas no local de extração, eles não são idiotas, exemplo; o vale do silício na Califórnia-EUA), deveriam ser beneficiadas em seus locais de extração, se assim ocorresse, seriam gerados um grande numero de empregos nos países do terceiro mundo, contribuindo para o aumento do IDH nestas regiões e segurando os trabalhadores em suas regiões de origem, reduzindo em muito o movimento migratório.
ALGUMAS CONSEQUENCIAS SOBRE O TRABALHO DE MIGRANTES ILEGAIS..
Local: Japão, qualquer estado ou cidade. Alguns decasséguis moram num prédio de apartamentos simples, dividem um quarto/cozinha, trabalham para um empreiteiro que não conhecem bem o nome, não tem carteira assinada, não tem benefícios, não tem convenio medico, não tem décimo terceiro, apenas saem de férias quando ocasionam férias coletivas na empresa, 15 ou 20 minutos de almoço, não podem financiar imóvel, carro, ou quaisquer bens duráveis, compram somente a vista, não podem se envolver em acidentes de transito. Como vemos, não difere muito de trabalhadores estrangeiros que moram e trabalham no Brasil, ilustrei este constatado, apenas para mostrar que as contradições entre o capital e o trabalho são comuns em qualquer lugar do planeta, apenas minimizado em algumas regiões, este exemplo poderia acontecer nos EUA, Alemanha, França, ou qualquer outro país, o capital abre e fecha filiais em qualquer parte do mundo, não se importa com o ser humano, ele migra ao bell prazer. Para abrir uma fabrica no Brasil e oferecer 750 empregos diretos, uma indústria automobilística francesa fechou uma fabrica na Bélgica onde mantinha 7500 postos de trabalho diretos (Para onde foram estes trabalhadores demitidos?), isso é apenas um exemplo entre milhares. 
O sistema só não consegue mudar os locais de exploração das matérias primas.
CONCLUSÃO
Gostaria ao concluir, explanar algumas idéias para tentarmos, senão sanar definitivamente (não acredito que nos parâmetros do sistema capitalista estes conflitos sejam solucionados definitivamente), ao menos amenizar o gravíssimo problema do movimento migratório, não é concebível, seres humanos trabalhando em condições subumanas em regimes escravagistas ou semi-escravagistas apenas porque vêem de uma região mais pobre, por pertencer a outras minorias, etc., na situação de foragidos ou banidos políticos, ou então por causa de cataclismos naturais, ou simplesmente por pertencer às áreas mais pobres do planeta, todos devemos ser respeitados dignamente. Se o sistema vigente não tem capacidade para solucionar esta e outras situações degradantes referente ao ser humano, que reconheça. Só assim a humanidade poderá debater e encontrar seu caminho. Para abrir a discussão, seleciono alguns tópicos para serem colocados em prática a curto e médio prazo, estes tópicos, apesar de gerarem um grande trabalho para sua concretização, são viáveis.

• Beneficiamento das matérias no local de origem de extração, ex. minério do ferro, alumínio, cobre, cal, cimento, madeira, grãos, subprodutos do petróleo, etc.
• Após serem beneficiadas estas matérias (não havendo condições de serem manufaturadas no local), as empresas compradoras por excelência devem exigir das vendedoras as, ISOs 9000, 14000 e 18000, que regem sobre o controle das qualidades ambientais e das relações do trabalho.
• Um fundo internacional (teoricamente já existe) uma espécie de tributo cobrado de empresas transnacionais e destinados a educação e saúde em países do terceiro mundo, principalmente as regiões mais pobres do planeta, para que não houvesse desvios este fundo seria aplicado pela FAO e UNESCO, seria fiscalizado por ONGs, associações locais, organismos internacionais de auditoria, toda a comunidade envolvida, sindicatos, etc., quanto mais fiscalização mais eficiente sua distribuição.
• Uma reformulação dos salários nas regiões onde originam os disparos emigratórios, para que estas regiões se tornem atrativas para todos. As nações devem envolver-se neste processo, através de fóruns constantes e soluções diretas e praticas.
• O debate constante em fóruns, seminários, nas escolas, nas igrejas, dentro de secretarias e ministérios de governos, para solucionarmos definitivamente o problema dos preconceitos raciais, sociais, étnicos, sexo, etc. ...

Com alguns destes tópicos alinhados, gostaria agora de prendê-lo um pouco mais nesta leitura e falar sobre alguns relatórios atuais de organismos com aos quais não tenho duvidas sobre exatidão e seriedade:
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o aumento dos preços dos alimentos no mundo fez o numero de famintos aumentar em 40 milhões em 2008. a FAO divulgou na data de 09/12/2008 que a fome já atinge 963 milhões de pessoas. A FAO disse ainda que a crise mundial levara ainda mais pessoas a esta condição. Segundo a FAO, os problemas estruturais da fome, como falta de acesso à terra, ao credito, e ao emprego, combinados com o aumento dos preços dos alimentos permanecem como uma dura realidade para milhões de pessoas . A FAO relatou ainda que grande maioria destes famintos -907 milhões- vive nos países pobres. Destes, 590 milhões moram em sete países, são estes; Índia, China, Congo, Bangladesh, Indonésia, Paquistão e Etiópia, este mesmo relatório informa que na África Subsaariana, um terço da população -236 milhões- vive em estado de fome crônica. Sendo a maior proporção dentre os continentes. O Congo foi disparado o país Africano onde a fome mais se alastrou. A população de famintos passou de, 26 por cento em 2003/05 para 76 por cento em 2008. Na America Latina e Caribe, a fome atinge 51 milhões de pessoas atualmente.
Outro relatório desta vez emitido pela Comissão Econômica para a America Latina e o Caribe, (Cepal), informa que a crise do “sistema capitalista” (eles não usam sistema capitalista, usam crise financeira global), provocara um aumento no numero de pobres e indigentes na America Latina no ano de 2009, acirrando ainda mais os problemas que atravessamos.

Minha opinião para abertura de uma discussão sobre o tema “MOVIMENTO MIGRATORIO”. 
Como em todas as crises da historia, quem sofre realmente são as massas oprimidas, pagando um alto preço pela dissolução dos problemas do sistema de exploração, nada mais sensato que, as massas tomem as rédeas para a condução de uma sociedade onde realmente a fraternidade e a solidariedade sejam focados como ponto central de todas as políticas. Não vejo outra solução. 


Obras que eu gostaria que todas as pessoas sorvessem, para que entendêssemos um pouco mais os movimentos migratórios:
“Morte e vida Severina”, baseado na obra de João Cabral, musicas de Chico Buarque, dirigido pelo Guel Arraes.
“Toda Obra de Sebastião Salgado sobre o movimento migratório– foto/jornalista-.
“Vidas Secas”, Glauber Rocha.
“O Capital”, (principalmente o capitulo onde ele disseca a mais valia) - Karl Marx

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